Resumo: | Neste artigo, o Autor, partindo do estudo das matrículas de ordens sacras da Sé de Coimbra, existentes entre os anos de 1399 e 1491, avalia a evolução demográfica geral do Clero nesta Diocese e as linhas sociológicas estruturantes que caracterizavam todo o “processo de clericalização” desde a recepção da primeira tonsura até à obtenção do presbiterado. Incide, depois, sobre o clero regular presente, avaliando a representatividade dos professos das velhas Ordens monásticas (Cónegos Regrantes, Beneditinos, Cistercienses e religiosos das Ordens Militares de Avis e de Cristo), bem como o elevadíssimo peso, posto que não surpreendente na história eclesiástica medieval portuguesa, dos claustrais das novas Ordens (Dominicanos, Franciscanos, Jerónimos, Eremitas Agostinhos e Trinitários), as quais atravessavam, em Quatrocentos, um período de profunda recomposição, de que se recolhem importantes e inéditos ecos nas fontes arquivísticas em causa.
|