Resumo: | O Desenho está ligado à perceção e movimento como instrumento de constantes simulações e analises e também à necessidade de colocar para segundo plano o sujeitorecetor. Na essência de todos os desenhos existe um processo de interação entre a experiência visual e a perceção que é assimilada ao processo de descodificação de códigos enviados da realidade exterior ao observador e com a finalidade de atribuir um sentido e uma aquisição de significado. O corpo é um órgão dinâmico que produz uma interação entre elementos/códigos num determinado momento, através de princípios de organização percetual que depende de uma experiencia visual, na qual que se compara à velocidade da luz e nos remete para uma capacidade análise, sistematização infinita de informações, isto é, numa fração de segundos a compreensão do meio ambiente é composta pelo input visual, constituído pelos signos; o material visual, o que identificamos no meio ambiente e a estrutura abstrata que é a forma de tudo aquilo que vemos. A tecnologia veio reorganizar e modificar a forma como vemos as coisas, mudanças na qual a vertente computacional como principal meio de comunicação transformou-se numa disciplina que agrupa todas as manifestações artísticas realizadas por um computador. Estas ações digitais podem ser descritas como uma série eletrónica de zeros e de uns que nos oferecem possibilidades estéticas que o computador pode proporcionar. Não só é possível a introdução de novos processos, como também, possibilita a experimentação de forma independente e a curiosidade em descobrir o que a máquina é capaz de fazer, transformando-se numa extensão física e intelectual do homem, completando-se ao Desenho analógico.
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