Summary: | A requalificação do património arquitetónico e histórico reveste-se de interesses fundamentais para a cultura de um povo, é sedimentado pelo tempo oferecendo extratos de memórias, vivências e registos sulcados no íntimo das pessoas que o habitam, marcados nas “crónicas de pedra” mencionadas por Viollet–Le-Duc, formam um contexto na realidade construída por épocas na Rua das Flores. No entendimento desta rua, quem esteve presente na estratificação do seu património, melhor sente a essência da cidade medieval, os seus atributos históricos, sociais, políticos, económicos e arquitetónicos, assim como, nos seus atribulados episódios de um passado próximo, ou atual, com as promessas de “melhor” futuro. Assim, é possível encontrar erros e virtudes nas lógicas implementadas neste cenário urbano medieval que faz questão de se impor intemporal, quer estar presente, ativo e,… com pessoas! Neste contexto, investigou-se o seu passado, entende-se a sua essência, lê-se e questiona-se o presente, propondo ajustes e tentativas de minimização da presença de “feridas abertas” que teimam em ferir o seu centro histórico, as suas memórias e o seu carácter. Tenta-se formar um pequeno contributo de consolidação da sua autenticidade para reabilitar um cenário histórico que tem muito para oferecer e do qual necessitamos.
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