Summary: | O presente estudo pretende explorar a relação entre a desigualdade percebida e a perpetração de violência no contexto das relações de intimidade. Os participantes tinham idades compreendidas entre os 18 e os 72 anos (M =29,97, D.P. = 12,46) sendo 138 do sexo feminino (80,2%) e 34 do sexo masculino (19,8%). Administraram-se os seguintes instrumentos: Instrumento de Desigualdade Percebida (IDP, Antunes, Ferreira, Moreira, Pasion& Cabral, 2016 – versao para investigação), Questionário Experiências de Vitimação na Idade Adulta (QEVIA, Lisboa, Barroso, Patrício & Leandro, 2009; adaptado por Cabral, Coelho, Galvão e Moreira, 2016 – versão para investigação) e o Inventário de Experiências de Discriminação (IED, Antunes, Ferreira & Cabral, 2016 – versão para investigação). Os resultados sugerem que a desigualdade e a discriminação percebidas são preditores de perpetração na relação íntima, como também, os recursos materais e económicos percebidos e o estatuto social percebido predizem VRI. Este estudo sublinha a importância da desigualdade social percebida como factor de risco para a perpetração em contexto de relação de intimidade.
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