Acessibilidade de museus europeus para deficientes visuais

As pessoas portadoras de deficiência (física, auditiva, mental ou visual) têm as mesmas necessidades e desejos de participar e praticar turismo que o público dito normal. No entanto, esta tarefa, representa para este grupo um desafio acrescido, já que a nossa sociedade está pensada para a maioria da...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mesquita, Susana Maria Vasconcelos (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/8113
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/8113
Description
Summary:As pessoas portadoras de deficiência (física, auditiva, mental ou visual) têm as mesmas necessidades e desejos de participar e praticar turismo que o público dito normal. No entanto, esta tarefa, representa para este grupo um desafio acrescido, já que a nossa sociedade está pensada para a maioria das pessoas, que não são portadoras destas deficiências. Num mundo com imensos estímulos visuais existe necessidade de implementar estratégias que permitam às pessoas com deficiência visual usufruírem, através de experiências tácteis, auditivas, olfativas e gustativas do mundo em que se inserem. A necessidade de eliminar as barreiras arquitetónicas, sensoriais e sobretudo as barreiras sociais adquire assim uma importância acrescida como meio de fomentar a integração deste público. Os museus, recursos essenciais para a difusão da cultura, aparecem com um papel relevante como meio de inclusão social deste grupo. O principal objetivo desta dissertação é analisar a implementação de estratégias para a melhoria da acessibilidade dos museus para os portadores de deficiências visuais ao nível de museus de diferentes capitais europeias - Lisboa, Londres, Paris e Madrid. Para isso, foram identicadas, através da revisão da literatura, as estratégias para melhorar a acessibilidade nos museus, quer ao nível do seu espaço exterior e interior, quer da acessibilidade à interpretação. Posteriormente, procurou-se verificar se as estratégias identificadas tinham sido implementadas pelos museus das quatro capitais europeias recorrendo a um questionário realizado aos responsáveis pela acessibilidade nos museus e à observação dos museus selecionados. Observou-se que existem ainda muitas carências ao nível da criação de condições necessárias para que as pessoas portadoras de deficiências visuais possam usufruir da visita aos museus analisados. Constatou-se que, no geral, as estratégias direcionadas para o público em geral já estão a ser implementadas na maioria dos espaços visitados. As estratégias específicas para este público com deficiências visuais começam agora a fazer parte das preocupações dos responsáveis por muitos dos museus analisados. No que diz respeito às estratégias para melhorar o acesso à interpretação, verificou-se que o recurso às publicações em macro carateres e Braille são as mais utilizadas nos museus visitados. Do estudo realizado concluiu-se que Paris e Londres são as capitais em que a preocupação com o público portador de deficiências visuais está mais presente.