Reacções adversas medicamentosas cutâneas associadas aos psicofármacos: uma revisão da literatura

Introdução: Os psicofármacos são, muitas vezes, associados a reacções adversas medicamentosas cutâneas. Grande parte destas reacções tem um carácter benigno, sendo no entanto, importante considerar o seu papel no aumento do estigma e adesão terapêutica. Uma pequena parte das reações adversas medicam...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Novais, F (author)
Outros Autores: Vasconcelos, JP (author), Telles-Correia, D (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.10/1626
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/1626
Descrição
Resumo:Introdução: Os psicofármacos são, muitas vezes, associados a reacções adversas medicamentosas cutâneas. Grande parte destas reacções tem um carácter benigno, sendo no entanto, importante considerar o seu papel no aumento do estigma e adesão terapêutica. Uma pequena parte das reações adversas medicamentosas cutâneas pode evoluir para quadros graves e potencialmente fatais. Objectivos: Esta revisão pretende analisar as reacções adversas medicamentosas cutâneas mais frequentes em doentes medicados com psicofármacos. Métodos: Neste trabalho, efetuou-se uma pesquisa na literatura anglo-saxónica, de 1999 até 2014, pela MEDLINE, utilizando como palavras-chave: psychiatric, psychotropic, cutaneous, adverse reaction, antidepressive agents, antipsychotics, benzodiazepines, mood stabilizers, anticonvulsant, dementia. Foi, ainda, consultada informação acerca dos medicamentos disponibilizada no site do Infarmed. Resultados: Foram encontrados 121 artigos com referência a reacções adversas medicamentosas cutâneas associadas aos psicofármacos. Os medicamentos mais frequentemente associados a este tipo de efeito adverso foram os fármacos anticonvulsivantes e estabilizadores do humor, seguindo-se os antipsicóticos. Os antidemenciais foram raramente associados a toxidermias graves. Discussão e Conclusão: Os psicofármacos podem ser responsáveis por um largo leque de reações tóxicas dermatológicas. Parte destes efeitos secundários poderá ser resolvido com a redução ou interrupção do fármaco. Em casos mais graves deve ser feita a referenciação ao especialista em dermatologia.