Produção e mercados dos produtos tradicionais portugueses de origem ovina: 2003-2012

Este trabalho visa contribuir para o desenvolvimento da ovinocultura em Portugal baseado em produtos de elevado valor acrescentado, ou seja, em produtos tradicionais de qualidade. Neste sentido, analisa a produção e comercialização de produtos qualificados com Denominação de Origem Protegida e Indic...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cabo, Paula (author)
Outros Autores: Matos, Alda (author), Ribeiro, Maria Isabel (author), Fernandes, António (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10198/14713
País:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/14713
Descrição
Resumo:Este trabalho visa contribuir para o desenvolvimento da ovinocultura em Portugal baseado em produtos de elevado valor acrescentado, ou seja, em produtos tradicionais de qualidade. Neste sentido, analisa a produção e comercialização de produtos qualificados com Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica Protegida, provenientes de ovinos (queijo e carne), com base em fontes documentais. O estudo engloba uma análise temporal (2003-2012) de indicadores de produção e comercialização de queijos e carnes certificados e sua comparação com produtos similares. Os resultados evidenciam a relevância decrescente das carnes qualificadas de borrego relativamente à produção nacional. Todavia, globalmente, os produtores mostraram ser capazes de explorar a mais-valia da certificação por via do diferencial dos preços. As carnes foram comercializadas pelos agrupamentos de produtores, para os mercados locais/regionais e nacional, preferencialmente para os médios e grandes supermercados. Relativamente ao queijo de ovelha, verificou-se, em média, um diferencial de 23% entre os preços dos produtos certificados e similares, a favor do produto certificado. Os queijos de ovelha eram maioritariamente comercializados pelos produtores, para os médios e grandes supermercados, no mercado nacional. Os resultados demonstram a importância do associativismo no desenvolvimento da atividade e evidenciam a necessidade de melhorar a estratégia de comunicação de marketing e de aumentar o poder negocial dos criadores e produtores.