A Europa : (60 anos) em estado de "crise" : mitos e realidades

Este trabalho tem como objetivo elaborar sobre se a perceção generalizada de um estado de “crise” permanente na Europa nos últimos 60 anos tem algum sentido ou se se trata de perceções que usam apenas o termo, mas que, na sua essência, ficam desviadas do conceito atribuído à palavra “crise” e que de...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Martins, José António Teixeira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.2/6658
País:Portugal
Oai:oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/6658
Descrição
Resumo:Este trabalho tem como objetivo elaborar sobre se a perceção generalizada de um estado de “crise” permanente na Europa nos últimos 60 anos tem algum sentido ou se se trata de perceções que usam apenas o termo, mas que, na sua essência, ficam desviadas do conceito atribuído à palavra “crise” e que deriva da palavra grega “krísi”. Num primeiro momento, fazemos um percurso sobre as nossas motivações de base associadas à elaboração desta dissertação, passando pelos conceitos e perceções de “crise”. Definimos quatro novos marcadores — debilidade estrutural; debilidade permanente; problema dinâmico; evolução societária — como hipóteses de substituição da palavra “crise” e alocamos três fatores — Política, Energia e Emprego/Desemprego — comummente associados a estados de “crise” a que juntamos um geral — Evoluir — que, não estando dentro do quadro de perceção daqueles 3, nem sendo entendido como fomentador de “crise”, serve, no nosso entender, como justificação geral para a inquietude percebida como “crise”. Na sequência confronta-se o quarteto de hipóteses levantadas com perspetivas diversas de explicação do conceito de “crise”. Num segundo momento, sobrevoamos a história e a geografia das crises na Europa. Num terceiro momento, abordamos a arquitetura institucional da construção e integração europeia, iniciada em 1951 com a CECA, com curso até ao presente com a atual União Europeia, sempre em contraponto com o potencial estado de “crise” de cada etapa.