A influência dos small-sided games na performance dos futebolistas

O futebol é uma modalidade coletiva, na qual os seus praticantes estão constantemente a ser sujeitos a diversas exigências (físicas, técnicas, táticas, psicológicas, culturais, sociais, etc.). A metodologia de treino que é aplicada torna-se ainda mais importante, visto que tem que procurar solicitar...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rasquilha, Inês Maria Picão Caldeira Barbas (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.6/4024
Country:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4024
Description
Summary:O futebol é uma modalidade coletiva, na qual os seus praticantes estão constantemente a ser sujeitos a diversas exigências (físicas, técnicas, táticas, psicológicas, culturais, sociais, etc.). A metodologia de treino que é aplicada torna-se ainda mais importante, visto que tem que procurar solicitar as diversas características e especificidades do futebol. De entre diversos métodos, os Small-Sided Games (SSG) tem vindo a assumir maior relevância caracterizando-se por serem realizados em áreas de terreno mais reduzidas (espaço reduzido) e com um menor número de jogadores, comparativamente ao que acontece no jogo formal (11v11). O presente trabalho teve como objetivo compreender a influência dos SSG na performance de futebolistas em situação de jogo formal bem como verificar possíveis evoluções no desempenho dos mesmos ao longo de dois meses de treino percebendo possíveis influências da melhoria do desempenho dos jogadores do treino para os jogos formais. Fizeram parte deste estudo 16 jogadores do escalão de juvenis (16 anos ± 0,8; 64kg ± 5,70; 175cm ± 0,06). Os jogadores foram divididos em dois grupos tendo 8 deles (grupo experimental) realizado, durante dez semanas, um SSG 4x4 num terreno de 30mx20m (área individual por jogador 1,75 m2), e o outro grupo de 8 jogadores (grupo controlo) realizou os exercícios habituais de treino. A frequência cardíaca de ambos os grupos foi monitorizada durante as situações. Foram também filmados e analisados os treinos e os jogos em que os jogadores participaram no início e no final do estudo visando quantificar indicadores como o momento em que o jogador inicia o seu movimento (quanto tempo antes ou depois do seu colega realizar o passe), o tempo da bola nas situações de passe, os passes realizados com sucesso e insucesso ou o número de confrontos diretos com sucesso e insucesso. Os resultados permitiram verificar que o SSG solicita valores de FC elevados (entre 190 e 160) permitindo alcançar e manter intensidades elevadas durante os treinos, privilegiando o aumento do número de confrontos e ações de 1x1 (finta e desarme) mais do que as relacionadas com o passe tendo nestas o início do movimento ocorrido preferencialmente após a execução do colega. Todavia, em relação aos jogos não foram observadas diferenças significativas na performance dos jogadores de ambos os grupos, já que os resultados dos testes t e Kolmogorov Smirnov demonstram, para todos os indicadores, p-value superior a 0,05 demonstrando assim não existirem melhorias do desempenho dos jogadores no jogo. Verificámos assim que não existiram melhorias significativas da performance dos jogadores que realizaram o SSG (4x4), no jogo.