| Resumo: | Em pleno século XXI é imperativo lutar por uma sociedade mais justa. A igualdade é um assunto discutido na sociedade, mas as pessoas com deficiência são muitas vezes esquecidas. A atividade turística está em constante evolução, por isso torna-se imprescindível que o Turismo Acessível garanta as condições de acesso e integre políticas equitativas. A temática abordada neste estudo é o Turismo Acessível na cidade de Braga, com especial enfoque na pessoa com deficiência motora cuja limitação a confina a uma cadeira de rodas. Na perspetiva do Turismo Acessível pretende-se averiguar se certas atrações turísticas da Cidade de Braga proporcionam as devidas condições de acessibilidade a pessoas com deficiência motora. Intenta-se, ainda, realizar uma análise aos seus websites quanto aos padrões de acessibilidade recomendadas pela WCAG 2.0 para perceber como é que estas organizações usam o digital e contemplam indivíduos com necessidades especiais. Com vista a alcançar os objetivos inicialmente propostos, este estudo fundamentou-se numa metodologia com enfoque qualitativo, concretizada através de três técnicas. Para tal, realizaram-se entrevistas semiestruturadas a alguns stakeholders e foi entrevistado um grupo de foco com participantes que se deslocam em cadeira de rodas. O intuito era perceber de que forma ambas as partes percecionam a acessibilidade de Braga. Com recurso à ferramenta de análise AccessMonitor, efetuou-se ainda a análise à acessibilidade dos websites de certas atrações turísticas. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que tem havido esforços para tornar Braga mais acessível aos seus visitantes, mas ainda subsistem barreiras que impedem/dificultam que indivíduos com deficiência usufruam da mesma na integra. Tal reflete-se na dificuldade de acesso a algumas atrações turísticas e a transportes, a instalações sanitárias (ou falta delas), rampas desniveladas (ou falta delas), degraus ou mesmo inacessibilidade total e a informação. Embora os websites apresentem algumas condições de acessibilidade, conclui se que ainda não são suficientes. As atrações analisadas não exploram convenientemente o potencial desta ferramenta no que concerne à população com determinados tipos de deficiência. Apesar das fragilizadas identificadas e do trabalho ainda a realizar, a cidade de Braga é vista como um potencial destino turístico acessível.
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