Summary: | As juntas adesivas estão largamente difundidas na indústria nos dias de hoje substituindo em muitas situações as ligações mecânicas. Até há algumas décadas, um dos principais entraves à sua disseminação foi a falta de modelos que permitissem correctamente prever a resistência das juntas adesivas que resultava em estruturas fortemente sobredimensionadas, levando a um elevado custo de fabrico. Actualmente, técnicas de modelação como os modelos de dano coesivo (MDC) já demonstraram que é possível prever a resistência de juntas adesivas com precisão, como descrito no estudo de Carneiro [1]. As juntas adesivas são particularmente sensíveis a esforços de arrancamento, especialmente quando são usados adesivos mais frágeis como é o caso do Araldite® AV138. Para tentar melhorar a resistência de juntas em T, nesta dissertação é estudada a técnica de bi-adesivo. Esta técnica consiste na utilização de dois adesivos, colocando um adesivo mais dúctil nas extremidades da junta e um mais frágil na zona central. Para testar este método em juntas em T, nesta dissertação são usadas várias combinações dos adesivos Araldite® AV138, Araldite® 2015 e Sikaforce® 7752. Também são testados variados comprimentos do adesivo central, mantendo sempre a simetria da junta. Para avaliar estas combinações foi feito um estudo numérico usando a técnica de MDC, no software ABAQUS®, aplicando à junta um deslocamento de 6 mm e considerando um encastramento do aderente de base. Com o presente trabalho, foi inicialmente possível validar a técnica de MDC com resultados experimentais. O trabalho numérico que se seguiu mostrou que a resistência das juntas em T depende de forma significativa da combinação de adesivos usados, e que é possível atingir incrementos de resistência e energia dissipada significativos relativamente às juntas de adesivo único.
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