Summary: | A historiografia do românico revela-se tardia a individualizar o movimento artístico. No entanto, a partir do século XIX a produção bibliográfica foi cada vez mais intensa. Olhamos para o passado recente e encontramos estudos que valorizam não só a arquitetura mas também a escultura, a ourivesaria, e a iluminura. O século XX interveio nos monumentos de uma forma tão profunda que lhes devolveu uma unidade estilística que, alguns, nunca tiveram. Situado na Idade das Trevas, este movimento vai construir numa vaga que muitos vão equiparar ao investimento barroco. As suas raízes prerromânicas ainda hoje têm contornos difíceis de precisar. A estética tem contornos intelectuais que se prendem com a influência cristã. O belo é caraterístico do transcendente que Cluny vai expandir num design que lhe dará um caráter internacional, apesar de se ir regionalizando. A escultura, agora conquistada, emergirá da arquitetura. É uma plástica que iremos encontrar no Vale do Sousa, devidamente assimilada e digerida regionalmente que se testemunha, ainda hoje, em mosteiros, igrejas, ermidas, memoriais, torres e pontes.
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