Avaliação do risco cirúrgico nos doentes com cancro colo-rectal : POSSUM ou ACPGBI?

Diversos modelos têm sido desenvolvidos para prever o risco cirúrgico dos doentes submetidos a cirurgia por cancro colo- -rectal (CCR), contudo actualmente ainda não existe nenhum que responda satisfatoriamente a essa necessidade. Material e métodos: Foram analisados os processos de 345 doentes subm...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Goulart, André (author)
Other Authors: Martins, Sandra (author)
Format: article
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/33553
Country:Portugal
Oai:oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/33553
Description
Summary:Diversos modelos têm sido desenvolvidos para prever o risco cirúrgico dos doentes submetidos a cirurgia por cancro colo- -rectal (CCR), contudo actualmente ainda não existe nenhum que responda satisfatoriamente a essa necessidade. Material e métodos: Foram analisados os processos de 345 doentes submetidos a tratamento cirúrgico por CCR no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga e calculado o risco cirúrgico previsto pelas escalas Physiological and Operative Severity Score for the enumeration of Mortality and Morbidity (POSSUM), Portsmouth POSSUM (P-POSSUM), ColoRectal POSSUM (CR-POSSUM), Association of Coloproctology of Great Britain and Ireland (ACPGBI) e ACPGBI modificado. Para todas as escalas de risco foi comparada a mortalidade prevista com a observada e realizada a análise de curva Receiver Operating Characteristic (ROC). Resultados e conclusão: O estudo incluiu 345 doentes operados por CRC, 219 homens e 126 mulheres com média de idade de 68 anos. Na maioria dos doentes (69,0%) o cancro localizou-se no cólon tendo sido a maioria (86,4%) submetidos a cirurgia de forma electiva. A mortalidade pós-operatória global observada aos 30 dias foi de 3,768%. No nosso estudo, apesar de nenhum dos modelos mostrar ser estatisticamente superior a outro, o modelo ACPGBI foi o que apresentou melhor capacidade discriminativa, o que aliado à maior facilidade de aplicação o torna no modelo escolhido para avaliar o risco cirúrgico, na nossa população.