Summary: | A forma como os profissionais de saúde se relacionam com os pacientes tem um grande impacto na saúde e no bem-estar dos pacientes. O presente estudo experimental teve por objetivo perceber o impacto da estratégia tomada de perspetiva nas atitudes dos profissionais de saúde para com os pacientes nas variáveis empatia, abordagem centrada no paciente e no idadismo e saber se existe diferença entre as duas manipulações, tomar a perspetiva da pessoa idosa e tomar a perspetiva da pessoa jovem. Os participantes (N = 183) foram estudantes de enfermagem com idade média de 19 anos (DP = 60.22) e maioritariamente do sexo feminino (91.8%). Estes foram aleatoriamente distribuídos por quatro condições, duas experimentais (tomada de perspetiva da pessoa jovem e tomada de perspetiva da pessoa idosa) onde receberam instruções para fazer um exercício escrito de tomada perspetiva e por duas de controlo, com instruções para fazer um exercício neutro ou sem qualquer exercício. No presente estudo foi medido o efeito da tomada de perspetiva na empatia, abordagem centrada no paciente e no idadismo. Os resultados mostraram efeitos da tomada de perspetiva numa das subdimensões da empatia revelando que os participantes que assumiram a perspetiva da pessoa jovem revelaram maior empatia do que os participantes nas outras condições. Para mais, verificou-se ainda um padrão de idadismo benevolente sendo que os participantes classificaram de forma significativa as pessoas idosas como sendo mais afetuosas do que competentes. Estes resultados são discutidos à luz das suas implicações para a comunicação entre os profissionais e as pessoas de diferentes idades em contextos de saúde.
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