Summary: | O confinamento imposto pela Covid-19 obrigou escolas e professores/educadores a adaptarem-se de imediato e a enfrentar desafios impensáveis até ao momento. O objetivo deste trabalho foi averiguar a relação entre perceções de saúde, alteração de rotinas e preparação para ensino a distância de professores/educadores portugueses em confinamento. A metodologia foi mista e o estudo transversal. Aplicou-se um questionário on-line a professores/educadores lecionando desde o pré-escolar até ao ensino secundário. A amostra incluiu 304 docentes, sendo 247 mulheres e 57 homens, com as faixas etárias predominantes dos 41-50 e dos 51-60 anos, sendo o nível de ensino predominante o secundário. Procedeu-se à análise estatística descritiva utilizando-se teste t, X2 e a correlação de Pearson. Quanto à perceção de saúde, a maioria dos professores considerava-se com saúde razoável ou boa. Grande parte não manteve as rotinas diárias com a sua família, assim como não se considerava preparado para trabalhar a distância. Encontraram-se correlações positivas significativas entre a perceção de saúde e a manutenção das rotinas diárias e a preparação para trabalhar a distância. Os resultados fornecem uma base de reflexão quanto ao modo como estes profissionais sentem fragilidade da sua saúde em contexto de sobrecarga de trabalho.
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