Intolerância à incerteza nos transtornos alimentares

A intolerância à incerteza (II) refere-se às respostas cognitivas, comportamentais e emocionais a eventos experienciados como incertos, independentemente da probabilidade dos resultados. Nos transtornos alimentares (TA) ainda há de ser esclarecido se a intolerância à incerteza é específica ao transt...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Camargos, Samara Pereira da Silva (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/CAMARGOS, Samara Pereira da Silva. Intolerância à incerteza nos transtornos alimentares.2021. 45 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.648
https://doi.org/http://doi.org/10.14393/ufu.di.2021.648
País:Brasil
Oai:oai:repositorio.ufu.br:123456789/35115
Descrição
Resumo:A intolerância à incerteza (II) refere-se às respostas cognitivas, comportamentais e emocionais a eventos experienciados como incertos, independentemente da probabilidade dos resultados. Nos transtornos alimentares (TA) ainda há de ser esclarecido se a intolerância à incerteza é específica ao transtorno, ou relacionada à um traço de personalidade; e, também, se sintomas da patologia estão associados à incerteza propriamente dita, ou às consequências emocionais associadas a ela. O objetivo do estudo é caracterizar a influência da intolerância à incerteza nos TA. Na revisão narrativa foram buscados estudos publicados entre 2018 e 2021 nas bases PsychINFO, Web of Science e Google Acadêmico. Período estabelecido devido pesquisa recente que abrangeu período anterior. A análise dos 15 artigos indicou associação entre II e restrição alimentar; sensação de “perda de controle”, alterações na imagem corporal e desregulação emocional. Não há associação com sintomas relacionados a exercícios físicos, compulsão alimentar ou purgação. São traços de personalidade relacionados à II: “desejo de previsibilidade”; rigidez; neuroticismo; obsessivo-compulsivo; perfeccionismo desadaptativo e estilo evitativo de resolução de problemas sociais. Sugere-se que a abordagem terapêutica específica para II tenha impacto em condições de risco de TA; no controle da resposta emocional que intensifica sintomas da patologia existente e na melhora clínica em quadros de comorbidade com transtornos de personalidade.