Summary: | Devido ao aumento da esperança média de vida e, consequentemente o envelhecimento da população, é cada vez mais importante intervir no desenvolvimento cognitivo do idoso. Com este estudo são pretendidos conhecimentos a nível da estimulação cognitiva em idosos institucionalizados e criar um programa que auxilie e potencie as habilidades cognitivas. Em realização está um projeto que permita trabalhar as aptidões cognitivas através de um conjunto de exercícios e dinâmicas, com o propósito de apresentar melhorias cognitivas a nível das seguintes competências: orientação, retenção, atenção e cálculo, evocação, linguagem e habilidade construtiva. Lerner & Hultsch (1983), citado por Fonseca (2006), afirma que a ideia de declínio universalizado e irreversível das capacidades cognitivas com a idade, já não é bem aceite e aparece como mais um estereótipo ligado ao envelhecimento. Mas, mesmo entre indivíduos idosos existem muitas diferenças a nível cognitivo. Algumas pessoas mantêm as suas capacidades cognitivas intactas até ao fim da vida, mas outras perdem a sua capacidade cognitiva mesmo antes que se possa falar de envelhecimento. Segundo Paúl e Fonseca (2001),citado por Fonseca (2006), a diminuição das capacidades cognitivas não se encontra ligada à idade cronológica, mas sim à saúde, ao comportamento, à Educação e á posição social dos indivíduos. Esses estudos evidenciam um declínio cognitivo ao longo do envelhecimento, outras investigações importantes realizadas por outros autores tais como Férnandez- Ballesteros (2004, 2007, 2009), Fonseca (2004, 2006, 2010) e Fontaine (2000), mostram que que o exercício cognitivo origina um aumento da recuperação cognitiva de idosos. Existem programas, testes, exercícios e dinâmicas que permitem fazer uma intervenção cognitiva e avaliar a plasticidade cerebral. Nesse sentido, o objetivo da execução deste projeto é: Apresentar melhorias mentais através da implementação do projeto de estimulação cognitiva. Neste projeto estão presentes uma amostra de 12 idoso residentes na Casa Da Eira (Lar de idosos) em Faílde, no distrito de Bragança. Desta forma, como instrumento de recolha de dados foi administrado como pré e pós teste o Mini- Exame do Estado Mental (MEEM), uma escala de avaliação cognitiva que auxilia na investigação e monitoração da evolução de possíveis deficits cognitivos em pessoas com risco de demência, quais os seus pontos fortes e fracos a nível cerebral (anexo XI_ míni exame do estado mental). É um breve questionário de 30 pontos composto pelos seguintes módulos: orientação, retenção, atenção e cálculo, evocação, linguagem e habilidade construtiva. Entre o pré e pós testem foram reunidos um conjunto de testes, exercícios, jogo e dinâmicas com a pertinência de perceber a sua influência nos idosos. Este projeto é de caracter longitudinal, com a duração de 3 meses (Fevereiro a Abril), a amostra foi recolhida através de 1 inquérito por questionário (Anexo II_inquérito por questionário), sendo que só idosos sem demência participaram no questionário (informação fornecida pela direção do lar). Os resultados demonstram a importância da plasticidade cerebral e um impacto positivo após a aplicação deste projeto revelando resultados positivos em 4 das 6 habilidades cognitivas treinadas sendo elas: Orientação, Retenção, Atenção e cálculo, Evocação, Linguagem e Habilidade construtiva.
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