Summary: | A investigação teve como objectivo compreender a relação entre os estilos parentais, nomeadamente estilos parentais autoritários versos estilos parentais permissivos e a sua influência na auto-estima das crianças e adolescentes. Variáveis como a idade, o género e a necessidade educativa especiais das crianças e adolescentes foram avaliadas neste estudo. A amostra engloba 1102 alunos no total, representada por 318 alunos do 3º ano de escolaridade, 426 alunos do 4º ano, 251 são os alunos do 5º ano e por último o 6º ano com 104 alunos. As idades dos sujeitos estão compreendidas entre os 8 e os 17 anos de idade com um Desvio Padrão de 1,32. O sexo feminino representa 56% da amostra deste estudo. A recolha de dados foi efetuada através da aplicação de questionários sobre Práticas Parentais - Controlo e Aceitação e a aplicação da Escala de Autoestima de Hare da escala de Kelley (Kelley, Denny, & Young, 1997) e através da aplicação de questionários aos filhos sobre estilos parentais e dinâmica familiar com intuito de avaliar as seguintes variáveis: afeto, hostilidade, autonomia e controlo entre pais.Os resultados demonstraram que as quatro variáveis referentes aos estilos parentais empregados pelos pais como afecto, hostilidade, autonomia e controlo apresentam uma correlação positiva forte para o pai e para a mãe. A variável que apresentou relação fraca negativa com a baixa auto-estima das crianças e adolescentes, foi a variável hostilidade tanto da mãe como do pai. Perante os resultados deste estudo e face à literatura apresentada, pode salientar-se que o estilo autoritário praticado pelos pais não se revela positivo para o desenvolvimento de uma auto-estima saudável nas crianças e adolescentes.
|