Hipotiroidismo subclínico, tiroidite autoimune e fatores de risco cardiovascular

Introdução: Tem surgido evidência de que o hipotiroidismo subclínico se associa a um aumento do risco cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar as inter-relações entre tiroidite autoimune, hipotiroidismo subclínico e fatores de risco cardiovascular. Métodos: Analisámos a função tiroideia,...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pereira,Teresa Alves (author)
Outros Autores: Neves,Celestino (author), Esteves,César (author), Carvalho,Davide (author), Delgado,Luís (author), Medina,José Luís (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132015000300002
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-34132015000300002
Descrição
Resumo:Introdução: Tem surgido evidência de que o hipotiroidismo subclínico se associa a um aumento do risco cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar as inter-relações entre tiroidite autoimune, hipotiroidismo subclínico e fatores de risco cardiovascular. Métodos: Analisámos a função tiroideia, anticorpos anti-TPO e antitiroglobulina, níveis de colesterol total, colesterol-HDL, colesterol-LDL, triglicerídeos, apolipoproteínaB, apolipoproteínaA1, lipoproteína(a), homocisteína, PCR de alta sensibilidade, ácido fólico, vitamina B12, HOMA-IR, HOMA-β, QUICKI, HISI, WBISI, IGI em 185 doentes com tiroidite autoimune e eutiroidismo e em 69 doentes com tiroidite autoimune e hipotiroidismo subclínico. Para a análise estatística utilizámos o teste de Mann-Whitney, regressão logística e correlações de Spearman. Os resultados foram ajustados para a idade e índice de massa corporal. Considerou-se significativo um valor bilateral de p<0.05. Resultados: 94% dos indivíduos eram do sexo feminino. A mediana de idades foi significativamente superior no grupo eutiroideu. Valores de colesterol total (OR=1.01; p=0.03), PCR (OR=1.68; p=0.04) ou de anticorpos antitiroglobulina (OR=1.00; p=0.02) mais elevados associaram-me a maior probabilidade de sofrer de hipotiroidismo subclínico. No grupo total de doentes observaram-se correlações positivas entre TSH, PCR e HOMA-IR, entre T3 livre e colesterol-HDL e entre T4 livre e IGI. Os níveis de TSH correlacionaram-se negativamente com QUICKI, HISI e WBISI. No grupo com hipotiroidismo subclínico verificaram-se correlações negativas entre T3 livre e homocisteína e entre T4 livre e anticorpos anti-TPO. Conclusões: As inter-relações entre função tiroideia, PCR, perfil lipídico e insulinorresistência traduzem um aumento do risco cardiovascular no hipotiroidismo subclínico por tiroidite autoimune.