Summary: | O recente conceito desenvolvido pelos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a capacidade de Intelligence, Surveillance & Reconnaissance (ISR), representa uma visão estratégica que impõe a todos os membros da Aliança uma viragem nas suas estruturas militares nunca antes vista. Considerado como uma capacidade crítica para o sucesso das operações militares contemporâneas e futuras, o conceito de ISR da Aliança rompe definitivamente com estruturas da era industrial onde a compartimentação do conhecimento (“need-to-know”) é entendida como a chave do sucesso e impõe agora, numa lógica de otimização de recursos, a era da informação onde a partilha de conhecimento (“need-to-share”) se assume como um conceito soberano para o êxitono espaço de batalha. Esta investigação analisa as recomendações da Aliança, compara as mesmas com o conceito utilizado pela Força Aérea Portuguesa (FAP), contextualizando este à luz dos documentos nacionais enquadradores da atividade militar, para no final tecer uma série de recomendações que visam otimizar o produto operacional resultanteda atividade de ISR onde se destaca um novo modelo conceptual e um novo frameworkpara a FAP.
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