Resumo: | Às intervenções na cidade já existente, associam-se conceitos que, começados por “re” – reabilitar, revitalizar, reconverter, regenerar – expressam aquilo que importa “fazer pelo património urbano” (Portas, 2003). Convivendo entre si, estes conceitos alcançam maior ou menor preponderância, em determinados períodos, e implicam um intuito de capacitar a cidade, sobretudo as suas áreas degradadas e mais decadentes, de vitalidade socio-económica e cultural. Mas, de que se fala quando se refere que importa “reviver” a cidade já existente? Os processos de reabilitação urbana são uma oportunidade de inversão das situações de desfavorecimento social, económico e habitacional das populações, como de promoção activa e interactiva de dinâmicas de valorização sociocultural dos contextos em que estão inseridos. Todavia, a par do considerável avanço técnico, ao nível da intervenção física, no que respeita à intervenção sociocultural as lacunas persistem. O que explica alguns resultados críticos, como a patrimonialização/culturalização da cidade já existente. No sentido de explorar alguns aspectos que, no âmbito de uma perspectiva integrada de desenvolvimento urbano, são fundamentais considerar, visa-se discutir algumas implicações socioculturais das ideias feitas sobre o que/como fazer pela cidade já existente. A questão, provavelmente, remete para o encontrar de novos modelos de intervenção socio-urbanística e de desenvolvimento urbano.
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