Summary: | O presente estudo, de natureza qualitativa e suportado em pesquisa documental, analisa o sistema de organização económica e a gestão do aro rural, nomeadamente a evolução das relações que se estabeleceram entre o Mosteiro de São Vicente de Fora e os particulares, assim como a diversificação e a expansão do seu património rural, mais intensas junto da cidade de Lisboa. Parte da conquista de Lisboa e da fundação do Mosteiro, em meados do século XII, seguindo-se uma análise do processo de formação e estruturação do património monástico, bem como das formas e estratégias de aquisição patrimonial, terminando com a composição da propriedade rural. Depois são apresentados os resultados, predominando na paisagem rural, por ordem decrescente, as herdades de “pão”, as vinhas e os olivais, a par de outro tipo de propriedades rurais, assim como dos meios de transformação: moinhos e azenhas, lagares de vinho e azeite e fornos. Conclui que o Mosteiro adquirira e possuía um património concentrado na região de Lisboa, apesar da sua influência se estender a nível nacional, dados os direitos e os privilégios que possuía no reino.
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