Vitimação por stalking e cyberstalking em universitários brasileiros

As práticas de stalking e ciberstalking são caracterizadas por violência interpessoal e apresentam padrões de comportamentos persistentes. Ambos os fenômenos são tidos como um problema de saúde pública e social, inclusive na população universitária que é tida como a mais vulnerável. Na realidade bra...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Monteiro, Rebeca Orselli (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10284/10660
Country:Portugal
Oai:oai:bdigital.ufp.pt:10284/10660
Description
Summary:As práticas de stalking e ciberstalking são caracterizadas por violência interpessoal e apresentam padrões de comportamentos persistentes. Ambos os fenômenos são tidos como um problema de saúde pública e social, inclusive na população universitária que é tida como a mais vulnerável. Na realidade brasileira, não se evidenciam muitos estudos abordando a caracterização, modalidade e padrão de vítimas dos comportamentos de stalking e ciberstalking. Foram estudadas as práticas de stalking e ciberstalking em universitários brasileiros através do Inventário de Vitimação por Stalking (IVS) e pela Escala de Avaliação de Ciberstalking (EAC). Participaram do estudo 236 universitários, de ambos os sexos (79.2% mulheres e 20.8% homens) e a faixa etária entre 17 e 47 anos (M= 22.68, DP= 3.84). Os resultados evidenciaram a prevalência de stalking e ciberstalking sendo a taxa de 44.1% semelhante à literatura internacional. Com base nesses dados, o estudo foi direcionado aos 104 participantes (44.1%) que se definiram como vítimas de stalking e ciberstalking. Observou-se que são predominantemente do sexo feminino (83.7%), enquanto os agressores são majoritariamente homens (76.9%). Os comportamentos de vitimação de stalking se caracterizaram por tentar entrar em contato de forma não desejada (79.8%), aparecer em locais frequentados pela vítima (42.3%) e vigiar ou pedir a alguém para vigiar a vítima (34.6%). Enquanto os de ciberstalking foram de hiperintimidade, como enviar mensagens excessivamente carentes ou exigentes (89.3%). Os resultados corroboram a literatura quanto a ocorrência do stalking e ciberstalking na realidade brasileira, o que demanda ampliação dos estudos. Além disso, implica no desenvolvimento de política pública, bem como na produção de informações à população visando a redução de vítimas desses fenômenos.