Summary: | Através da presente dissertação propôe-se o estudo dos diferentes espaços arquitectónicos e atmosferas no cinema através do olhar de diferentes realizadores com a consequente interseção e distânciamento entre espaço cinematográfico e espaço arquitectónico. Através da investigação realizada foi possível o descobrir das dimensões espaciais no cinema e na arquitectura, a criação de atmosferas que visam o habitável e a manipulação do espaço que incorpora vivências e memórias. Deste modo Michelangelo Antonioni, Federico Fellini e Pier Paolo Pasolini ocupam uma posição no que diz respeito ao uso e interacção com a arquitectura e ao modo de ver a mesma através de uma lente. Cada um apresenta um ponto de vista distinto e, por vezes, complementar na relação entre o Cinema e a Arquitectura e a própria abordagem da mesma em relação ao que existe, ao que se cria e ao que se pretende contar. Assim, propoê-se o estudo da percepção e incorporação da arquitectura, nas suas obras, através de três realizadores, Michelangelo Antonioni (1912-2007), Federico Feilini (1920-1993) e Pier Paolo Pasolini (1922-1975). Cada um com três, respectivos, casos de estudo dado que os mesmos apresentam espacialidades características e enquadramentos distintos, reflexo das suas concepções, das acutalidades em que se inserem e do modo a câmara se movimenta no espaço. Michelangelo Antonioni com L’Avventura (1960), L’Eclisse (1962) e Il Deserto Rosso (1964); Federico Fellini com Le Notti di Cabiria (1957), La Dolce Vita (1960) e Roma (1972). P. P. Pasolini com Teorema (1968), Le Mura di Sana’a (1971) e La Forma Della Città (1974).
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