Summary: | Na generalidade dos países, a crise pandémica, com o encerramento das escolas, levou as crianças para casa. Em alguns casos mesmo (não foi o caso de Portugal, nem do Brasil), elas foram proibidas de sair à rua. O despovoamento dos espaços públicos das cidades tornou-se ainda mais incisivamente flagrante pela ausência dos risos das crianças na sua deslocação para a escola ou nas suas brincadeiras nas praças ou parques infantis. Mas além dos aspetos de maior exterioridade, a “invisibilidade social” das crianças poderá ter aumentado significativamente no período de gestão da crise pandémica. Algumas crianças tornaram-se “invisíveis” para as escolas e os/as professores, distantes das comunicações virtuais em que se transformaram as atividades letivas. Algumas outras deixaram de estar dentro dos radares das estruturas de intervenção face ao risco, confinadas ao espaço doméstico onde ocorrem predominantemente situações de violência doméstica. Não obstante, (como se fosse necessário proclamá-lo…) as crianças existem, para além da tragédia e do confinamento social. Este texto tem por objetivo, precisamente, documentar ações de grande visibilidade e protagonismo infantil no combate à crise pandémica, nomeadamente através do uso da Internet.
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