Summary: | A presente dissertação tem como intuito avaliar a qualidade de vida e a solidão dos idosos e posteriormente relacionar estas duas variáveis. Visa compreender quais os factores que levam o idoso à mono-residencialidade, numa faixa etária igual e/ou superior a 60 anos. Isto é, perceber se derivam da livre escolha do indivíduo, ou resultado de um processo de viuvez, ou algo que lhe foi imposto e qual o género em que esta tendência mais se verifica. Pretende-se ainda, através de um trabalho comparativo perceber as divergências e as convergências entre os indivíduos institucionalizados dos não institucionalizados. A amostra foi recolhida em Lisboa com a colaboração de 100 participantes, divididos em dois grupos distintos: 47 idosos institucionalizados e 53 não institucionalizados. Procedeu-se a uma caracterização sociodemográfica da amostra e posteriormente recorreu-se à aplicação de três instrumentos: a WHOQOL-BREF (Canavarro & et. al., 2007) a WHOQOL-OLD (Simões & Vilar, 2010) e a UCLA (Neto, 1989). Os resultados obtidos demonstraram que a qualidade de vida dos idosos é média-baixa e os níveis da escala de solidão revelaram uma moderada satisfação social. Assim, a relação entre a qualidade de vida e a solidão foram correlacionadas. Observou-se que não existem diferenças significativas entre o género feminino e a mono-residencialidade, e o motivo da viuvez não é a principal causa para os idosos viverem sós. Verificou-se que o nível médio das escalas WHOQOL-OLD e UCLA são ligeiramente distintos, sendo inferiores na amostra dos idosos não institucionalizados. Na WHOQOL-BREF os valores dos domínios (geral, físico, psicológico e meio-ambiente) que compõem esta escala tendem a ser superiores na amostra dos idosos não institucionalizados. Enquanto que, o domínio social da referida escala, tende a ser maior na amostra dos idosos institucionalizados.
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