Summary: | Foram imersos em zonas costeiras (Sagres: Portugal; Portsmouth: U.K.) painéis de madeira tratada com crómio-cobre-arsénio (CCA) e de madeira controlo. Efectuaram-se colheitas de organismos (Mytílus spp.) aderidos aos paineis, após 12 e 18 meses de imersão, para análise de metais (Cr e Cu) na parte edivel. Compararam-se as concentrações de metais nos mexilhões, entre os diferentes locais e alturas de amostragem. Foi determinado o efeito da carga de CCA nas concentrações de metais. Foram imersos em água-do-mar pequenos blocos de madeira tratada com CCA e de madeira controlo, sob condições laboratoriais. Monitorizaram-se as concentrações de metais (Cr e Cu) nas soluções de água-domar. Deterrninou-se a taxa de libertação de metais e a sua relação com o tempo de imersão e com a carga de CCA. Estudou-se a sobrevivência de Artemia salina exposta às soluções de água-do-mar. Os resultados demostraram que os níveis de crómio nos organismos de Portsmouth eram mais baixos do que nos de Sagres. Não se verificou uma relação signjficativa entre carga de CCA e os niveis de crómio. Os níveis de cobre nos organismos de Sagres (12 meses) eram significativamente mais elevados do que nas restantes amostras; estes organismos também apresentavam um aumento das concentrações de cobre com o aumento da carga de CCA; esta relação não foi encontrada nas restantes amostras. Não foi libertado crómio, ou foi-o em pequenas quantidades, dos blocos de madeira. Por outro lado, foram libertadas quantidades significativas de cobre dos blocos tratados. A taxa de libertação foi semelhante entre as diferentes cargas de CCA estudadas e diminuiu com o tempo de acordo com a relação: |1gCu/cmz/h = a t`b (a e b são constantes e b>0). Não ocorreram efeitos letais em A. salina resultantes da exposição às soluções de água-do-mar. Os resultados observados foram discutidos em função de alguns factores biológicos e fisico-químicos.
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