Summary: | Na Doença de Parkinson (DP), mesmo nos seus estádios iniciais, vários domínios cognitivos estão alterados, incluindo funções executivas, funções visuo-espaciais, memória e linguagem. O risco de um doente de Parkinson desenvolver demência é cerca de seis vezes superior ao da população em geral, e esse risco aumenta com a progressão da doença. Clinicamente, a demência na doença Parkinson (DDP) caracteriza-se por um declínio cognitivo lento e progressivo, dominado por um síndrome disexecutivo frequentemente acompanhado de alterações comportamentais, depressão, ansiedade e alucinações visuais. Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à DDP ainda não estão completamente esclarecidos. Pensa-se que o envolvimento das estruturas subcorticais e corticais por Corpos de Lewy, tranças neurofibrilares e placas senis típicas da Doença de Alzheimer (DA), bem como a degenerescência de diversos sistemas de neurotransmissores, incluindo o dopaminérgico e o colinérgico, estejam implicados no seu desenvolvimento. O tratamento das alterações cognitivas e da demência associada à DP continua a ser sintomático. Evidências recentes sugerem que os inibidores da acetilcolinesterase são fármacos de primeira linha, com relativa ausência de efeitos colaterais.
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