Qualidade de vida da pessoa portadora de espondilite anquilosante : determinantes sociodemográficos, familiares, clínicos e psicossociais

Introdução – As doenças reumáticas integram um grupo de doenças cada vez mais frequentes, pelo que devem ser vistas como um importante problema socioeconómico, com impacto negativo crescente a nível da saúde pública, considerando os atuais estilos de vida e o aumento da longevidade. Entre essas doen...

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Bibliographic Details
Main Author: Santos, Cláudia Raquel Albuquerque Bruno Ribeiro (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.19/1967
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1967
Description
Summary:Introdução – As doenças reumáticas integram um grupo de doenças cada vez mais frequentes, pelo que devem ser vistas como um importante problema socioeconómico, com impacto negativo crescente a nível da saúde pública, considerando os atuais estilos de vida e o aumento da longevidade. Entre essas doenças está a Espondilite Anquilosante (EA), considerada uma condição com carater evolutivo e comprometimento progressivo no cotidiano das pessoas portadoras, influenciando a sua qualidade de vida. Neste pressuposto, o objetivo central deste trabalho pretende identificar as variáveis preditivas (sociodemográficas, clínicas e psicossociais) da qualidade de vida dos indivíduos portadores de Espondilite Anquilosante em Portugal. Metodologia - Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo – correlacional, recorrendo a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 51 portugueses portadores de EA, 15 mulheres e 36 homens, com idades compreendidas entre os 19 e 79 anos (M= 47,00; Dp=14,14). O instrumento de colheita inclui uma secção de caraterização sóciodemográfica e familiar, outra secção de caraterização clínica e uma secção de caracterização psicossocial. Utilizámos instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa: escala de APGAR familiar, questionário SF-36, Escala de Bem-Estar Psicológico (EBEP) e os questionários BASDAI e BASFI. Resultados – Verificamos que existem variáveis determinantes na qualidade de vida da pessoa portadora de EA. Portadores com mais idade apresentam tendencialmente menor qualidade de vida; portadores integrados em famílias mais funcionais apresentam maior qualidade de vida; maior idade de diagnóstico da doença revela menor qualidade de vida; a existência de sintomatologia interfere de modo negativo na qualidade de vida dos indivíduos; quanto maior a intensidade de dor, menor a qualidade de vida; níveis mais elevados de bem-estar psicológico conduzem a uma melhor qualidade de vida; quanto maior a atividade da doença e a capacidade funcional menor a qualidade de vida da pessoa com EA. Conclusão – As evidências encontradas salientam a importância de uma reflexão multidisciplinar de forma a promover uma melhor qualidade de vida da pessoa com EA. É pertinente a implementação de um programa de reabilitação, integrando a família como elemento participativo no processo assistencial, visando a melhoria da qualidade de vida nos portadores de EA. PALAVRAS-CHAVE Espondilite Anquilosante, Qualidade de vida, Reabilitação.