Summary: | Nos dias atuais, as mulheres apresentam uma menor autonomia nos deslocamentos em relação aos homens da mesma faixa etária. Fatores externos como condições sociais e económicas causam implicações na redução do uso dos transportes públicos como principal meio de locomoção. Os jovens, por estarem na fase de transição entre a infância e a idade adulta, representam o grupo que mais reage aos estímulos de independência. Portanto, o objetivo desse estudo foi identificar os padrões de mobilidade desses jovens, sua percepção e uso do espaço público em que se inserem. O estudo foi realizado numa escola pública localizada no Bairro Padre Cruz, no concelho de Lisboa. Participaram 102 jovens do 7º ao 9º ano, com idades entre os 12 e os 17 anos obtendo uma média de idade de 14,5. Esta dissertação está enquadrada em metodologias propostas por autores de referência e em informações recolhidas junto a Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da acessibilidade pedonal, mobilidade urbana e urbanismo. Os resultados apresentaram que o género está relacionado à mobilidade, uso e percepção do espaço público, já que o comportamento é influenciado pelas atitudes e percepções referentes ao entorno imediato. Esses aspectos afetam a autonomia e a liberdade de ir e vir desses jovens, em especial das raparigas que já vivenciaram o assédio no Bairro Padre Cruz.
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