Summary: | O envelhecimento da população representa um dos fenómenos demográficos mais vincados das sociedades modernas do século XXI. Um dos traços mais salientes, atualmente, da sociedade portuguesa é a tendência para o crescimento da população idosa (Paúl & Fonseca, 2005). Portugal, atualmente, enfrenta uma realidade, que se carateriza pelas baixas taxas de natalidade e de mortalidade, com um aumento significativo do número de idosos no conjunto da população total do país (Paúl & Fonseca, 2005). Para além disso, com o aumento da esperança de vida e com melhores condições de saúde, a participação social e as redes de suporte social são tópicos sob os quais se têm dirigido as atenções. O objetivo central deste estudo é descrever e analisar a importância das redes de suporte social, em função da idade, da escolaridade e do género, em idosos portugueses que apresentam um “envelhecimento ativo” de acordo com o modelo de Envelhecimento Ativo da Organização Mundial de Saúde (2005), e em idosos que não apresentam esta condição. A amostra deste estudo empírico é constituída por 83 sujeitos (N=83), dos quais 41 têm algum tipo de participação social, desde atividade profissional a voluntariado, e os restantes 42 não têm qualquer tipo de participação social. O instrumento utilizado para a recolha de dados foi a Escala de Rede de Apoio Social (ERAS) (Lubben, 1988), que permite medir o nível de apoio percebido pelo sujeito fornecido pelos familiares, amigos e relações de confiança. A análise de resultados recolhidos permitiu verificar que não existem diferenças significativas quanto à rede de suporte social, no que diz respeito ao seu contributo para um envelhecimento ativo. O presente estudo permitiu reforçar a ideia de que é necessário colocar em prática algumas recomendações, que podem contribuir para uma reflexão da sociedade e dos responsáveis políticos, para que desta forma, se possa promover e dinamizar a participação social dos idosos.
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