Summary: | A marginalidade é, em geral, vista como um resíduo social da ação dos sistemas. Mas essa visão parece, hoje, limitada. Propomos a distinção dos sistemas em dois tipos: 1) os do distanciamento tempo-espaço, que afastam fisicamente os indivíduos, mas permitem a comunicação distanciada; 2) os do distanciamento lógico, que não afastam fisicamente as pessoas, mas interrompem a interação comunicativa. Defendemos que a ação excludente é um caráter estrutural só do segundo tipo de sistema. Na base de pesquisas de campo que realizamos, propomos a hipótese que aqueles do primeiro tipo estão abrindo, também no Brasil, novas possibilidades para os marginalizados interagirem com a sociedade.
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