Atitudes dos adolescentes face à sexualidade : algumas variáveis intervenientes

Enquadramento: Quando procuramos compreender a sexualidade adolescente, temos que considerar aspetos biológicos, como o genótipo e aspetos sociais, como a família, o grupo, a sociedade e a cultura onde cada individuo se encontra inserido. Os desafios que se colocam aos adolescentes, neste âmbito, sã...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Marques, Ana Lúcia Oliveira (author)
Outros Autores: Ferreira, Manuela Maria Conceição, orient. (author), Duarte, João Carvalho, co-orient. (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2013
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.19/1797
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/1797
Descrição
Resumo:Enquadramento: Quando procuramos compreender a sexualidade adolescente, temos que considerar aspetos biológicos, como o genótipo e aspetos sociais, como a família, o grupo, a sociedade e a cultura onde cada individuo se encontra inserido. Os desafios que se colocam aos adolescentes, neste âmbito, são muitos e podem levar à adoção de atitudes e condutas sexuais com implicações na sua saúde, quer a nível físico, psicológico ou social. Objetivos: Analisar as relações entre as variáveis sociodemográficas e as atitudes face a sexualidade, a motivação para fazer ou não fazer sexo, a cultura organizacional da família e os conhecimentos sobre contraceção. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo correlacional e explicativo transversal com uma amostra não probabilística por conveniência de 809 estudantes a frequentar escolas profissionais da região centro. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a escala de atitudes face à sexualidade (Nelas et al, 2010), a escala de motivação para fazer ou não fazer sexo de Alfares (1997) cit in Gouveia et al (2010), a escala de atitudes face ao preservativo e à pilula de Ramos et al (2008) e o inventário da cultura organizacional da família de Nave (2007). Resultados: A amostra é constituída por 343 jovens do sexo feminino e 466 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 14 e os 23 anos. São, na sua maioria solteiros (96,9%), portugueses (84,5), moram na aldeia (61,6%), são caucasianos (83,2%) e católicos (91,4%). A idade mínima de início das relações sexuais foi 12 anos nas raparigas e 10 nos rapazes e a máxima foi 20 anos nas raparigas e 21 nos rapazes. 63,0% dos estudantes já iniciaram as relações sexuais. Existem diferenças estatisticamente significativas entre o estado civil, o curso, a organização da família, a motivação para fazer e não fazer sexo e as atitudes face à sexualidade. Conclusão: Perceber as atitudes dos jovens, face à sexualidade, implica conhecer as variáveis que as podem influenciar, nomeadamente a cultura familiar, a área de formação, a idade e o género, pois interferem significativamente nas mesmas. Sempre que se criem programas de educação sexual nas escolas profissionais, estas variáveis devem ser consideradas. PALAVRAS-CHAVE: jovens, sexualidade, atitude, motivação, métodos contracetivos, família.