Summary: | A Organização Mundial de Saúde escolheu a expressão “envelhecimento activo” para expressar a sua visão sobre este processo fisiológico dotado da intenção de optimizar oportunidades (saúde, participação e segurança). Assume, assim, o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. O envelhecimento activo permite que as pessoas percebam o seu potencial a vários níveis: bem estar físico, social e mental. Aliado a este, existe um outro conceito complexo de bem estar que engloba três campos: o psicológico, o social e o subjetivo. A musicoterapia tem vindo a desempenhar, cada vez mais, um importante papel terapêutico e até mesmo profilático na manutenção do bem estar. Coffman & Adamek (1999) e Hays (2005), apoiam fortemente a utilização de música comoforma de aumentar o bem estar e a agilidade física. A aplicação de musicoterapia e de programas de música no seio da comunidade revelam-se ferramentas eficazes na promoção de um estado de bem estar entre os idosos. O presente trabalho académico pretende dar a conhecer o trabalho realizado no âmbito do estágio de intervenção musicoterapêutica desenvolvido no Centro de Apoio a Idosos do Projecto Alkantara - Associação de Luta Contra a Exclusão Social. O estágio teve a duração de 9 meses durante os quais foram realizadas sessões em contexto de grupo. Como forma de avaliação do cumprimento dos objetivos terapêuticos previamente estabelecidos, foi aplicada, num pré e pósteste, a escala de bem estar psicológico de Ryff, foram conduzidas entrevistas informais, realizaram-se gravações e preencheram-se grelhas de observação. Apesar do resultado da intervenção musicoterapêutica ter sido considerado bastante positivo pelos intervenientes nas sessões (musicoterapeuta e participantes) e pelo orientador de estágio e restante equipa técnica do Projecto Alkantara, permanece a possibilidade de continuação do trabalho desenvolvido de forma a atingir um potencial terapêutica ainda maior.
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