A proteína C-reactiva e o prognóstico pós-enfarte agudo do miocárdio

Objectivo: Avaliar a importância da proteína C-reactiva (PCR) na determinação do prognóstico (sobrevivência versus óbito) de doentes pós-enfarte agudo do miocárdio internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), E.P.E. no primeiro semestre de 2007. Intro...

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Bibliographic Details
Main Author: Santos, Graciete Denise do Carmo Barreto (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.6/1014
Country:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1014
Description
Summary:Objectivo: Avaliar a importância da proteína C-reactiva (PCR) na determinação do prognóstico (sobrevivência versus óbito) de doentes pós-enfarte agudo do miocárdio internados na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), E.P.E. no primeiro semestre de 2007. Introdução: As doenças cardíacas isquémicas, entre as quais o enfarte agudo do miocárdio (EAM), encontram-se entre as principais causas de morbilidade, invalidez e mortalidade em Portugal. A inflamação desempenha um papel importante na sua fisiopatologia. A PCR é uma proteína plasmática de fase aguda facilmente mensurável – considerada uma das mais sensíveis – que aumenta em resposta a estímulos inflamatórios. Esta proteína tem sido utilizada como indicador de prognóstico em doentes que sofreram EAM. No CHCB, os doentes com o diagnóstico de EAM são internados na UCI, e os pedidos de PCR são enviados para o laboratório da urgência. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, retrospectivo através da consulta de processos clínicos de doentes internados na UCI do CHCB com diagnóstico de EAM no primeiro semestre de 2007. Foram obtidos os valores mais altos de PCR nas primeiras 48 horas de internamento, tendo sido os dados tratados nos programas Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e Excel 2007, para posterior relação com o prognóstico. Resultados: Foram analisados 48 doentes, 35% do sexo feminino e 65% do masculino, dos quais 42 sobreviveram, 15 mulheres e 27 homens, e 6 faleceram, 4 do sexo masculino e 2 do feminino. A média de PCR no grupo dos óbitos foi 15,38 e 4,25 nos sobreviventes (p < 0,001). As curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier com um ponto de corte de 0,75 mg/dL evidenciaram uma tendência de sobrevivência sem significância estatística (p > 0,05) e com um ponto de 4 mg/dL demonstraram que a sobrevivência cumulativa foi significativamente superior nos doentes que apresentaram uma PCR ≤ 4 mg/dL (p < 0,05). Análise: O t-student test foi aplicado para a determinação da significância estatística da média de PCR nos sobreviventes e nos óbitos. O log-rank test foi aplicado na análise das curvas de Kaplan-Meier. O valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Conclusões: O pico de PCR nas primeiras 48 horas pós-enfarte agudo do miocárdio é um factor importante na determinação do prognóstico (sobrevivência versus óbito), no contexto da população internada na UCI do CHCB, E.P.E., no período referido.