Matéria-Prima, vol.3, nº1 (Jan./Jun. 2015)

Sobre a Matéria-Prima, há novidades e perigos. O tempo vivido na Europa e no contexto global tem vindo a acentuar a urgência das prioridades quantificadas, com um discurso dominante onde há menos política (pessoas) e mais representação económica (coisas). O correlato entre pessoas e coisas é, como s...

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Bibliographic Details
Main Author: Queiroz, João (author)
Other Authors: Barbosa, Ana Mae (author), Pereira, Maria Dilar da Conceição (author), Martins, Pollyanna Motta (author), Marcellán Baraze, Idoia (author), Silva, Mônica Sueli Caetano da (author), Souza, Marise Berta de (author), Brasil, José Umbelino de Sousa Pinheiro (author), Oliveira, Luciano Carmo de (author), Frade, Marta (author), Cabeleira, Helena (author), Araújo, Jorge Miguel Rodrigues Pinheiro (author), Diniz, Francisco (author), Ramos, Maria Conceição (author), Charréu, L. (author), Argôlo, Inês (author), Ré, Sofia (author), Gil, Carla (author), Fonseca Da Silva, Maria Cristina Da Rosa (author), Durante, Adriana (author), Guimarães, Alexandre Henrique Monteiro (author), Oliveira, Miriam Fernandes Pestana (author), Costa, Thérèse Hofmann Gatti Rodrigues da (author), Castro, Rosana Andrea Costa de (author), Jesus, Pedro Miguel Teixeira de (author), Santos, Pedro Miguel Carvalho Duarte dos (author), Vilela, Teresinha Maria de Castro (author), Victorio Filho, Aldo (author)
Format: other
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10451/50907
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/50907
Description
Summary:Sobre a Matéria-Prima, há novidades e perigos. O tempo vivido na Europa e no contexto global tem vindo a acentuar a urgência das prioridades quantificadas, com um discurso dominante onde há menos política (pessoas) e mais representação económica (coisas). O correlato entre pessoas e coisas é, como sabemos, o dinheiro, ou trabalho reificado. A crise europeia, em torno da dívida soberana e dos maiores orçamentos do mundo, da capacidade da sua gestão na linguagem dura dos mercados e das taxas de juro veio modificar os objetivos imediatos da Europa, que em 2000 eram ambiciosos — “a sociedade mais competitiva do mundo em 2010” — para uma estratégia de emergência, agora chamada horizonte 2020. Este é o panorama ideal para colocar o ensino artístico em risco. Os fóruns internacionais passaram a valorizar os resultados da educação em rankings e sondagens de aproveitamento, cuja principal estratégia e preocupação é a mensurabilidade e comparabilidade, como são exemplo os relatórios PISA: avaliam-se em todos os países, as competências em Ciências, Matemática e Língua Materna. A matéria-prima de amanhã corre riscos de desaparecer gradualmente, pelos cortes de carga horária, pela concepção extracurricular da educação artística, pela sua perceção menorizada em função das concepções competitivas da sociedade contemporânea globalizada.