Aplicação dos Isótopos Radioactivos 210Pb e 137Cs na Avaliação de Taxas de Sedimentação em Planícies aluviais: o caso da Lezíria do Tejo

Este artigo visa divulgar os primeiros resultados obtidos na definição das taxas de sedimentação, no último século, numa área-amostra da planície aluvial do Tejo, com o recurso a métodos de datação radiométricos adequados a esta escala temporal (210Pb e 137Cs). O estudo baseou-se na sondagem SEV, ef...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ramos, Catarina (author)
Other Authors: Ramos Pereira, A. (author), Azevêdo, Teresa Mira (author), Sanchez-Cabeça, J. A. (author)
Format: bookPart
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10451/40896
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/40896
Description
Summary:Este artigo visa divulgar os primeiros resultados obtidos na definição das taxas de sedimentação, no último século, numa área-amostra da planície aluvial do Tejo, com o recurso a métodos de datação radiométricos adequados a esta escala temporal (210Pb e 137Cs). O estudo baseou-se na sondagem SEV, efectuada numa área deprimida da planície aluvial, a 2,5km da margem direita do rio, a norte de Santarém, no âmbito do projecto GEOTARIF (Geology and Archaeology of the Tagus River Floodplain over Time, POCTI/CTA/39427/2001). Foram seleccionados apenas os 1,09m superficiais da sondagem, os quais foram seccionados em amostras de 1cm de espessura. A metodologia seguida para o tratamento das 109 amostras e para a análise do 210Pb seguiu o método de Sanchez-Cabeza et al (1998) e a cronologia da sedimentação foi obtida através do modelo CRS (Appleby & Oldfield, 1978; Sanchez-Cabeza et al, 2000). A taxa de sedimentação média para o século XX, obtida a partir do 210Pb (em excesso), foi de 8,8mm/ano, mas os dois aspectos essenciais são: (i) a grande variação na deposição de sedimentos ao longo do último século; (ii) a clara tendência do aumento das taxas de sedimentação, nesta área da planície aluvial, em especial a partir dos anos 60. Os dados obtidos para a deposição do 137Cs na planície aluvial do Tejo, entre 1954 e 1988, mostram uma maior contaminação dos sedimentos aluviais por este radionuclídeo, a partir da entrada em funcionamento da Central nuclear de Almaraz.