Among and within-population variability of metal tolerance by cladocerans

Este trabalho tencionou estudar as respostas à contaminação por metais em populações naturais. Para tal, foram amostradas populações dos cladóceros Daphnia longispina e Ceriodaphnia pulchella em locais de referência (R) e em locais historicamente contaminados (I) e, a posteriori, investigados sob co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lopes, Isabel Maria Cunha Antunes (author)
Format: doctoralThesis
Language:eng
Published: 2003
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/2151
Country:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/2151
Description
Summary:Este trabalho tencionou estudar as respostas à contaminação por metais em populações naturais. Para tal, foram amostradas populações dos cladóceros Daphnia longispina e Ceriodaphnia pulchella em locais de referência (R) e em locais historicamente contaminados (I) e, a posteriori, investigados sob condições controladas. Este estudo teve sies objectivos principais: (i) quantificar as diferenças na tolerância letal e sub-letal entre populações R e I de D. longispina e de C. pulchella; (ii) determinar se essas diferenças eram devidas a aclimatização ou a adaptação local (iii) testar se a origem da acrescida tolerância ao cobre por parte da população I resultou do aparecimento e aumento da frequência de novos genótipos muito tolerantes ou da eliminação dos mais sensíveis; (iv) analisar a existência de co-tolerância/tolerância múltipla ao cobre e a outros tóxicos (zinco, cádmio, H+ e deltametrina), de forma a confirmar/infirmar a presença de mecanismos generalistas responsáveis pela aquisição de tolerância letal; (v) quantificar o evitamento (sensu evasão, deslocamento) ao cobre de várias linhagens clonadas; (vi) avaliar associação entre o evitamento e a letalidade e a redução da alimentação. Os resultados obtidos revelaram que as populações de D. longispina e C. pulchella expostas historicamente a drenagem ácida adquiriram tolerância geneticamente determinada a este tipo de contaminação. O deslocamento da média da tolerância letal ao cobre pela população historicamente perturbada deveu-se à eliminação dos genótipos mais sensíveis da população inicial. A presença de tolerância múltipla, a nível letal, só foi observada para o par Cu/Zn. Para nenhum dos outros pares de químicos testados foi detectada co-tolerância/tolerância múltipla. Foi observado um evitamento intenso por parte de todas as linhagens testadas. As linhagens mais sensíveis evitaram o cobre mais cedo que as tolerantes. O evitamento revelou ser ecologicamente relevante e mais sensível do que as respostas letais ou, mesmo, outras sub-letais, pelo que deve ser recomendado como critério complementar de avaliação da toxicidade em avaliações do risco ecológico.