Resumo: | Nos últimos anos, a tecnologia de produção aditiva tem atraído a atenção da comunidade científica em diversas áreas. Esta tecnologia, representada através de diversas técnicas de impressão 3D, permitiu uma mudança no paradigma da projeção e do fabrico de produtos personalizados de acordo com as necessidades individuais. A tecnologia de impressão 3D está associada a um sistema informático, conhecido por CAD/CAM (do inglês, Computer-Aided Design/ Computer-Aided Manufacturing), que permite desenhar um objeto, de qualquer forma e tamanho, em computador, e, consequentemente, guardá-lo num ficheiro .STL (do inglês, Standard Tessellation Language), capaz de ler as coordenadas do objeto em qualquer impressora específica para imprimir em 3D. Charles Hull foi o inventor da técnica de estereolitografia, produzindo o primeiro aparelho utilizado para a construção de objetos 3D. Posteriormente à introdução da técnica de estereolitografia, surgiram outras técnicas de impressão 3D, nomeadamente: o jato de tinta, a extrusão e a fusão da camada de pó, sendo estas as mais utilizadas nas áreas da medicina e farmacêutica. Na presente revisão bibliográfica são descritas as diversas técnicas de impressão 3D, explorando o estado da arte relativo à sua aplicação na área da saúde. Em 2015, a FDA (do inglês, Food and Drug Administration) aprovou a comercialização do Spritam®, indicado para o tratamento da Epilepsia em crianças e idosos. Este produto foi o primeiro medicamento produzido pela impressão 3D a ser comercializado. Adicionalmente, este trabalho apresenta algumas considerações futuras, uma vez que a tecnologia de impressão 3D serviu de base para a criação de uma nova técnica, a impressão 4D, a qual utiliza materiais inteligentes no fabrico de objetos tridimensionais, que podem alterar a sua forma e tamanho mediante resposta a estímulos externos.
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