Toxicity of silver nanoparticles and silver nitrate to the freshwater planarian Dugesia tigrina

Atualmente, as nanopartículas de prata (AgNP) são bastante utilizadas em vários produtos devido às suas propriedades únicas e excecionais, nomeadamente a sua potente atividade antibacteriana. Algumas das suas aplicações comuns são em têxteis, produtos cosméticos e tintas. Deste modo, é esperada a pr...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Domingues, Vasco Filipe de Castro (author)
Format: masterThesis
Language:eng
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/17016
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/17016
Description
Summary:Atualmente, as nanopartículas de prata (AgNP) são bastante utilizadas em vários produtos devido às suas propriedades únicas e excecionais, nomeadamente a sua potente atividade antibacteriana. Algumas das suas aplicações comuns são em têxteis, produtos cosméticos e tintas. Deste modo, é esperada a presença de AgNP nos sistemas aquáticos. Tendo isto em consideração, o objetivo deste trabalho é descrever os efeitos tóxicos de AgNP de diferentes tamanhos, e comparar estes efeitos com os induzidos pela exposição a AgNO3 usando as características comportamentais das planárias da espécie Dugesia tigrina. Foram efetuados testes de exposição aguda (96 h) e testes de exposição crónica (8 dias) onde foram avaliados parâmetros como a sobrevivência, a locomoção, alimentação e regeneração cefálica. Foram selecionadas AgNP de diferentes tamanhos (AgNP de 10-25 nm e AgNP 3-8 nm) e comparados os efeitos com os da exposição a AgNO3, de modo a analisar se a toxicidade tem origem na libertação de iões Ag ou se é devida às propriedades das diferentes nanopartículas. Os resultados mostraram que os valores de LC50 para as 24, 48, 72 e 96 h não variaram ao longo do tempo para AgNP (10-25 nm) (76.62 μg L-1) e para AgNO3 (109.1 μg L-1). As planárias experienciaram nas primeiras 24 h várias alterações morfológicas na zona da cabeça como aurículas suprimidas e principalmente dissolução da cabeça. Estes efeitos notaram-se principalmente na AgNP (10-25 nm) e AgNO3. Em relação à exposição crónica, as planárias apresentaram uma redução significativa na locomoção e na alimentação na exposição a todas as nanopartículas estudadas, sendo estes parâmetros os mais sensíveis para D. tigrina. Relativamente à capacidade de regeneração não houve efeitos significativos à exposição a Ag. A fonte de toxicidade pode estar relacionada com as propriedades das AgNP que interferem com o sistema nervoso das planárias, causando a sua morte. Este estudo demonstrou que as planárias são um organismo adequado para estudos ecotoxicológicos comportamentais e devem ser considerados em metodologias de avaliação de risco ambiental.