Resumo: | O envelhecimento da população é um fenómeno demográfico a nível mundial que teve lugar na segunda metade do século XX, sendo considerado a expressão da inteligência humana e do desenvolvimento social e também um desafio para a ciência e a sociedade (Fernández-Ballesteroset al,2009).Nesta perspetiva a velhice não constitui um problema. Deve antes ser encarada como uma oportunidade de continuação do desenvolvimento através da construção e incrementação de programas de intervenção cognitiva em idosos com envolvimento dos próprios especialistas em gerontologia, das famílias e da sociedade. Alguns estudos documentam declínio cognitivo ao longo do envelhecimento. No entanto, outras investigações apontam que o treino cognitivo gera um aumento significativo no desempenho cognitivo dos idosos (Yassuda 2006). O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto do programa de estimulação cognitiva no desempenho dos idosos. Aplicou-se o Mini Exame Mental para avaliar a função cognitiva dos participantes. Optou-se por realizar um estudo longitudinal, quasi experimental e quantitativo. O estudo foi realizado em utentes do lar da Santa Casa de Misericórdia de Mondim de Basto, em idosos sem diagnóstico prévio de demência. Como instrumento de recolha de dados utilizou-se o questionário sócio demográfico e aplicou-se o Mini Exame Mental. Os resultados desta investigação apontam no sentido de existir uma melhoria no rendimento cognitivo. No pré-teste a média global foi de 20,7 pontos e na avaliação posterior foi de 23,8 pontos. Assim, os resultados indiciam um efeito positivo deste tipo de intervenção cognitiva. Como tal, a aplicação de tais programas em instituições (como lares, centros de dia, entre outras) podem contribuir para prevenir ou a retardar problemas cognitivos, permitindo-lhes um envelhecimento ativo.
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