Resumo: | Introdução: A incidência de melanoma maligno cutâneo, nas últimas décadas, tem vindo a aumentar. A elevada incidência deve-se essencialmente às modificações de estilo de vida e hábitos de exposição solar principalmente durante a infância e adolescência. O presente trabalho tem como objectivo o estudo de casos de melanoma, no Hospital de Sousa Martins. Materiais/Métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo por revisão dos processos clínicos dos doentes com melanoma maligno cutâneo, diagnosticados no Serviço de Dermatologia e Venereologia do Hospital de Sousa Martins, na Guarda, no período compreendido entre 1995 e 2007. Foi efectuada uma análise descritiva dos processos clínicos utilizando o programa Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Foram diagnosticados 105 casos de melanoma maligno cutâneo, sendo 67% do sexo feminino e 33% do sexo masculino, cuja idade média foi de 65anos. A cabeça foi o local mais afectado pelo melanoma maligno cutâneo (47% dos casos). O subtipo mais prevalente foi o de extensão superficial (43%). A média do índice de Breslow foi de 3,01 milímetros. A ulceração esteve presente em 21 casos. A maioria dos casos encontrava-se no estádio 0 (39%), correspondendo ao melanoma in situ. Faleceram 19 doentes. No seguimento, foram diagnosticados 3 novos casos de melanoma primário. Discussão/Conclusões: Nos últimos anos, de 2004 a 2007, observou-se uma diminuição da incidência de melanoma maligno cutâneo na região da Guarda. O grupo etário e a localização anatómica estão de acordo com a literatura. O predomínio de melanomas de extensão superficial deve-se à exposição solar intermitente. O índice de Breslow e a presença de ulceração, de acordo com a literatura verificaram ser importantes factores de risco. Nesta região do país, a detecção tem sido precoce pois a maioria dos pacientes encontrava-se no estádio 0.
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