| Resumo: | O presente estudo tem como objectivo identificar o perfil do imigrante cabo-verdiano no norte de Portugal a partir das iniciativas empreendedoras dos mesmos imigrantes, provenientes nomeadamente de Cabo Verde. Foram itens de interesse: identificar sectores de actividade econ?mica pelos quais os empreendedores cabo-verdianos optaram, nomeadamente no norte de Portugal; analisar traject?rias de vida, interesses e motiva??es na concretiza??o das suas iniciativas empreendedoras; identificar as caracter?sticas sociodemogr?ficas principais e suas iniciativas comportamentais de empreendedor, imprescind?veis ao sucesso e relacionadas com o conhecimento, destrezas ou compet?ncias, atitude e talento. Para o desenvolvimento deste trabalho, optou-se por uma metodologia de natureza quantitativa de car?cter descritivo e explorat?rio e adoptou-se o modelo de question?rio, com perguntas fechadas, aplicadas a uma amostra de 22 empres?rios de origem cabo-verdiana residentes no norte de Portugal. Acresce que foi tamb?m preocupa??o neste trabalho, saber em que tipo de apoios os empreendedores se basearam e estiveram na origem na cria??o dos seus neg?cios. A pesquisa permitiu-nos atingir o conhecimento directo da realidade vivida pelo empreendedor inquirido e as dimens?es sociais influenciadoras das mudan?as na traject?ria das suas vidas, as perce??es, opini?es e caracter?sticas sociodemogr?ficas a partir das respostas obtidas do pr?prio inquirido. Conclui-se que o empreendedorismo entre os imigrantes cabo-verdianos no litoral Portugal n?o se baseia na abertura de grandes empreendimentos e com renome no mercado, pois, a maioria desses empres?rios utilizaram os seus pr?prios recursos para criarem os seus neg?cios. O seu perfil, as caracter?sticas sociodemogr?ficas e suas traject?rias de vida pode ter influenciado na escolha e na concretiza??o das suas iniciativas empresariais. Ou seja, as suas condi??es sociais e a situa??o ?desfavor?vel? vivida no passado, o meio onde est?o inseridos, fez com que eles procurassem outras alternativas de sobreviv?ncia, neste caso, a abertura do pr?prio neg?cio para garantirem o seu auto-emprego, melhorar as suas condi??es de vida e integra??o na sociedade do pa?s de acolhimento.
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