Fotodegradação do metoprolol com geradores de oxigénio singleto

Neste trabalho vai-se abordar a remoção do metoprolol das águas através de fotodegradação. O metoprolol pertence à classe dos bloqueadores beta que são usados em doenças cardiovasculares, como a hipertensão. O metoprolol pertence aos chamados contaminantes emergentes, para os quais ainda não existe...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mota, Nuno Miguel Carriça (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/12569
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/12569
Description
Summary:Neste trabalho vai-se abordar a remoção do metoprolol das águas através de fotodegradação. O metoprolol pertence à classe dos bloqueadores beta que são usados em doenças cardiovasculares, como a hipertensão. O metoprolol pertence aos chamados contaminantes emergentes, para os quais ainda não existe legislação reguladora e ainda se conhece pouco sobre os seus efeitos tóxicos na saúde humana e no meio ambiente. A fotodegradação é uma das principais vias de degradação abiótica de contaminantes no meio aquático e pode ser largamente influenciada pelas substâncias húmicas. Atualmente já existem alguns estudos sobre a remoção do metoprolol das águas através da fotodegradação, os quais permitiram concluir que o metoprolol praticamente não sofre degradação directa por ação da luz solar, mas é fotodegradado na presença de substâncias húmicas. As substâncias húmicas, quando sujeitas a radição dão origem a várias espécies como o estado tripleto das substâncias húmicas ou as espécies reativas de oxigénio (o radical hidroxilo, o ião superóxido, o peróxido de hidrogénio ou o oxigénio singleto). As espécies formadas vão reagir com o metoprolol, levando à sua degradação. Num estudo anterior, em que foram testados os ácidos fúlvicos que são usados no presente trabalho, chegou-se à conclusão que era o oxigénio singleto a espécie responsável pela fotodegradação do metoprolol. Uma vez que o oxigénio singleto também é originado pela porfirina usada neste trabalho, determinou-se a aplicabilidade da mesma na fotodegradação do metoprolol para o tratamento de efluentes. Num primeiro passo, determinaram-se as velocidades de reação do metoprolol tanto na presença de ácidos fúlvicos como na presença da porfirina e concluiu-se que a velocidade de reação na presença da porfirina é bastante maior do que na presença dos ácidos fúlvicos. Ao analisar os cromatogramas para determinar as velocidades de reação notaram-se pequenos picos correspondentes a produtos da fotodegradação do metoprolol. Sendo assim, decidiu-se aumentar a concentração do metoprolol na presença de ácidos fúlvicos para uma mais fácil análise da evolução dos picos e depois para análise por HPLC MS/MS com vista a identificar os produtos formados.