Constituição e dispersão da coleção de pintura portuguesa do Rei D. Fernando II: tratamento e análise de metadados a partir de fontes históricas

D. Fernando II, apelidado de Rei-Artista, teve um importante papel na difusão e no apoio dos artistas portugueses, durante o séc. XIX. O rei consorte foi também um prolífico colecionador, contando-se no seu variado espólio 187 quadros portugueses, que serão o foco da nossa investigação. Queremos com...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marques, Inês Coelho (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10451/50985
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/50985
Description
Summary:D. Fernando II, apelidado de Rei-Artista, teve um importante papel na difusão e no apoio dos artistas portugueses, durante o séc. XIX. O rei consorte foi também um prolífico colecionador, contando-se no seu variado espólio 187 quadros portugueses, que serão o foco da nossa investigação. Queremos compreender as escolhas do rei, os seus pintores preferidos e que beneficiaram do seu apoio. Em que correntes artísticas estavam inseridas? Que temáticas estavam mais presentes nesta coleção? Que destino foi dado a essas pinturas? Para responder a todas estas questões necessitámos primeiro de inventariar estas obras. Devido a um testamento que chocou a família e a sociedade portuguesa, onde D. Fernando II deixa todos os seus bens à Condessa de Edla, revelou-se necessário ao processo de partilhas, a criação de um Inventário Orfanológico dos seus bens. Deste Inventário conseguimos retirar uma listagem de pintura de escola portuguesa, na sua maioria datada do século XIX, e cruzámos essa informação com o Catálogo dos Quadros de 1892, onde constavam as obras que seriam vendidas em hasta pública no ano seguinte. O Inventário deu-nos também um importante conhecimento: quem foram os arrematadores no leilão e por quanto foram estas obras compradas. O passo seguinte foi descobrir mais dados sobre estes compradores e tentar seguir o percurso dessas obras até aos nossos dias. Algumas encontram-se em museus portugueses, mas muitas andam dispersas em coleções particulares nacionais ou estrangeiras. As informações recolhidas foram posteriormente sistematizadas, e algumas partilhadas na plataforma ORION, para que possam ser facilmente utilizadas por futuros historiadores.