A NATO aos 60: a travessia do rubicão (ou a importância dos valores)

Tendo sido criada no contexto da ordem bipolar estabelecida em Ialta, a Aliança Atlântica enfrenta hoje inúmeros desafios profundamente distintos daqueles que estiveram na sua origem. Mais particularmente, a Aliança defronta-se com o maior repto da sua história: a definição de uma identidade para o...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Lívia (author)
Format: article
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/39619
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/39619
Description
Summary:Tendo sido criada no contexto da ordem bipolar estabelecida em Ialta, a Aliança Atlântica enfrenta hoje inúmeros desafios profundamente distintos daqueles que estiveram na sua origem. Mais particularmente, a Aliança defronta-se com o maior repto da sua história: a definição de uma identidade para o pós-Pós-Guerra Fria e a elaboração de um novo conceito estratégico capaz de a orientar face a um contexto internacional em transformação. Ao longo dos seus 60 anos de vida, a NATO – nas suas vertentes política, militar e institucional – demonstrou uma excecional capacidade de evolução e adaptação aos novos tempos. Como tal, importa compreender as razões desse seu sucesso singular. Através de uma análise histórico-política da Aliança importa encontrar os elementos que constituindo o seu norte a tenham conduzindo constantemente a bom porto. Encontramos as razões estruturantes da Aliança transatlântica no combate ao medo e à agressão, na defesa de vidas livres e sem necessidade, no respeito pela democracia e pela dignidade humana. Consequentemente, é nestes valores partilhados que se deve alicerçar o grande debate agora em curso: quais devem ser as funções prioritárias da NATO , qual a grande estratégia a adotar tendo em vista as novas ameaças emergentes? No presente artigo, ensaiam-se respostas para estas perplexidades.