Summary: | Mais do que uma crise sanitária, a pandemia COVID-19 expôs o mundo a uma crise económica e humanitária. Todos os governos se depararam com dificuldades em conter a progressão do vírus, fornecer os cuidados de saúde adequados e em criar medidas de apoio às instituições públicas e privadas. Portugal não foi exceção e criou pacotes de medidas de apoio, financeiras e não financeiras. Mas será que estas medidas chegaram a todas as Instituições? Será que foram suficientes para que as organizações da Economia social conseguissem cumprir a sua missão numa altura de maior procura? Este estudo pretende analisar o impacto financeiro da pandemia nas organizações da Economia Social. Para responder à questão em investigação serão analisados os dados previamente recolhidos, por um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Setúbal, através de inquérito realizado online a 944 Organizações da Economia Social de todo o território nacional. Constatou-se que, apesar das medidas criadas pelo estado, as Organizações da Economia Social sofreram um grande impacto financeiro durante o segundo confinamento. Muitas das Organizações da Economia Social viram as suas receitas serem reduzidas o que levou à redução ou encerramento de atividades. Foi possível ainda apurar que a maioria das Organizações da Economia Social, mantém uma forte dependência financeira do Estado e fraca diversificação de fontes de financiamento.
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