Summary: | Esta dissertação tem por título: Associativismo Social Ferroviário em Portugal: Mutualismo, Previdência e Proteccionismo, 1866-1955, é no âmbito da História Moderna e Contemporânea, na vertente Cidades e Património. Embora longo, o período estudado justifica-se pelo facto de abranger toda a evolução do movimento associativo ferroviário, de cariz social, desde a data em que os trabalhadores passaram a estar abrangidos pela primeira caixa de previdência ferroviária – Caixa de Socorros – instituída em 1872 pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, até à unificação das várias ferroviárias existentes, na Caixa de Previdência dos Ferroviários Portugueses, em 1955. Pretende-se que esta dissertação seja um contributo para a história social contemporânea, através do estudo das estruturas sociais ferroviárias, quer as pertencentes ao movimento associativo em geral (cooperativas, associações mutuárias e de classe), quer as do paternalismo patronal e/ou estatal (caixas de pensões e reformas ou de previdência), com especial destaque para estas. Sendo ambas associações sociais, diferem entre si pelo facto de as primeiras serem criadas e geridas pelos associados, enquanto as segundas eram instituídas pelas empresas, com a contribuição dos trabalhadores. Com o Corporativismo umas e outras passaram a ser controladas directamente pelo Estado através de legislação instituições e próprias. Sendo uma matéria importante não tem merecido, contudo, muita atenção dos historiadores. É, portanto, objectivo desta dissertação trazer ao conhecimento público as condições de vida e trabalho dos ferroviários e suas famílias, assim como a protecção social proporcionadas pelas mutuárias e caixas de previdência ferroviárias existentes em Portugal, para a qual foi imprescindível o acesso a importantes fontes, obtidas em Bibliotecas, Arquivos Históricos e Centros de Documentação da especialidade.
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