Resumo: | Introdução: A prática especializada em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria requer o desenvolvimento de competências comuns e específicas perante a criança e família para se poder dar resposta às suas necessidades. Nesse contexto, os estágios realizados foram exemplo de uma prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, baseados na melhor evidência disponível, o que serviu de mote para uma investigação sobre “Parentalidade Positiva em Crianças dos 0 aos 3 anos: a intervenção do Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica”. Objetivos: Descrever as atividades realizadas no decorrer dos diversos contextos de estágio; refletir sobre o desenvolvimento de competências comuns e especificas ao Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediátrica e analisar a autoperceção dos pais (pai/mãe) de crianças dos 0 aos 3 anos de idade sobre o exercício da parentalidade positiva. Métodos: Descritivo e reflexivo sobre o percurso desenvolvido no âmbito da especialização que incluiu um estudo quantitativo, descritivo-correlacional com enfoque transversal, numa amostra selecionada por conveniência envolvendo 90 pais (pai/mãe) de crianças dos 0 aos 3 anos a frequentar a creche/jardim-de-infância da região centro do país. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário com a caracterização geral do pai/mãe (ad hoc), caracterização referente à criança e a Escala de Parentalidade Positiva validada para a população portuguesa (Lopes, 2012). Resultados: Participantes (pai/mãe) com idades superiores a 35 anos (mãe 58,8% vs. pai 63,4%) de 56,7% crianças do género feminino e 43,3% do masculino, com 47,8% na faixa etária dos 12-24 meses. A autoperceção das dificuldades tem um valor médio mais elevado (M=109,32±25,53), sendo a autoperceção da confiança a que apresenta um valor médio ligeiramente mais baixo (M=104,99±31,85). O estado civil da mãe interfere na autoperceção da confiança no exercício da parentalidade positiva (p=0,025); a situação profissional da mãe tem relevância estatisticamente significativa na autoperceção da necessidade de conhecimentos (p=0,008); existem diferenças estatisticamente significativas na relação entre a situação profissional do pai e a autoperceção da confiança (p=0,006). Conclusão: Os resultados sugerem que a parentalidade positiva é essencial para o bem-estar infantil e o Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica deve promover intervenções/atividades para a capacitação dos pais, no âmbito das necessidades físicas da criança, saúde e segurança da criança, desenvolvimento, comportamento e estimulação da criança, comunicação positiva com a criança e disciplina positiva. Palavras-chave: Parentalidade Positiva; Criança, Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica.
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