As Estruturas de Capitais das Empresas Exportadoras para o Mercado Extracomunitário

Esta dissertação visa identificar os fatores que influenciam a estrutura de capital das empresas portuguesas exportadoras para o mercado extracomunitário, e verificar se existem diferenças substanciais relativamente aos determinantes da estrutura de capital das empresas exportadoras para o mercado c...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rosário, Alexandra Sofia Pratas do (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/30757
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/30757
Descrição
Resumo:Esta dissertação visa identificar os fatores que influenciam a estrutura de capital das empresas portuguesas exportadoras para o mercado extracomunitário, e verificar se existem diferenças substanciais relativamente aos determinantes da estrutura de capital das empresas exportadoras para o mercado comunitário, tendo por referência o estudo realizado por Franco (2017). Para o efeito, utilizou-se uma amostra constituída pelas 250 maiores empresas portuguesas exportadoras para o mercado extracomunitário. Os dados das mesmas, dizem respeito ao exercício mais recente com informação disponível (2018) e as variáveis independentes utilizadas para identificar os determinantes do passivo total, do passivo de médio e longo prazo e do passivo de curto prazo, foram as seguintes: o efeito de alavanca financeiro, a taxa efetiva de imposto, os outros benefícios fiscais, o custo de financiamento, o risco do negócio, a dimensão, as garantias colaterais, a reputação, os ativos intangíveis, a rendibilidade, o crescimento e o setor de atividade. Em termos de resultados obtidos, é possível concluir que das variáveis independentes utilizadas, aquelas que mais influenciam a estrutura de capital das empresas portuguesas exportadoras para o mercado extracomunitário são a taxa efetiva de imposto, os custos financeiros, o risco de negócio, a dimensão, as garantias colaterias, os ativos intangíveis e a rendibilidade. No que diz respeito à comparação entre os resultados do atual estudo e do realizado por Franco (2017), relativo às empresas exportadoras para o mercado comunitário, constata-se que existem algumas diferenças nos determinantes das estruturas de capitais. Nas empresas que atuam fora da União Europeia, destacam-se algumas variáveis como o risco do negócio, a dimensão e os ativos intangíveis que não eram relevantes para explicar as estruturas de capitais das empresas exportadoras para o mercado comunitário. Por outro lado, estas apresentavam a reputação e as características setoriais como variáveis relevantes, enquanto no atual trabalho de investigação, não são significativas em nenhum dos modelos estudados. Finalmente, verificou-se que a taxa efetiva de imposto era relevante para ambos os tipos de empresas, embora com relações inversas face ao nível de endividamento (relação positiva nas empresas a atuar fora da União Europeia e negativa nas empresas a atuar no mercado comunitário). Tais resultados, evidenciam determinantes diferentes das estruturas de capitais, consoante o mercado alvo de atuação das empresas nacionais.